Nesta época, face as muitas necessidades do povo, muitos recorrem às Igrejas para a solução de seus problemas - sejam de ordem material, financeira, emocional ou em busca de uma cura. São as mais variadas necessidades e ansiedades que levam fiéis - ou até pessoas que não creem muito - à templos em busca de seu Salvador.
Lá testemunham que pessoas são abençoadas, com portas de empregos, curas, milagres e ao mesmo tempo que paralíticos andam - mais nem todos são curados.
Denominações acusam umas à outras de charlatanismo para enganar fiéis e membros quanto à realização desses milagres. Muitos com esta guerra por espaço, ficam atônitos, não sabendo o que fazer, para onde ir, perambulando por todos os lados em busca da solução de seus problemas: ouvir as Boas Novas e ser curado, salvo, liberto de tudo que lhe aflige. Mas, aonde está o verdadeiro Jesus dos Evangelhos?
O Ministério de Jesus
Jesus em seu ministério, conforme a narrativa de Mateus, ao mesmo tempo que ensinava o povo, os curava. Todos os que estavam padecendo vários males e tormentos - endemoninhados, epiléticos e paralíticos - eram trazidos a Jesus e eram curados. Nota-se que a notícia tinha grande alcance, o povo cria vinha de encontro à Jesus e tinham seus problemas solucionados.
Verifica-se então que além da Palavra que curava a alma, levando ao arrependimento, também produzia cura imediata ao povo.
Traçando um paralelo aos tempos da pós-modernidade, verificamos que a genuína pregação se encontra um pouco longe de nossos púlpitos e que cura - que deveria ser uma atividade trivial em todas as igrejas - encontra dispersa em poucos lugares, de forma rara e de alguma forma apresenta-se dúbia. Sabemos que Jesus é o mesmo ontem, hoje e sempre e que quer que alcancemos a salvação tanto no nível espiritual, como no plano material. Mas aonde podemos encontrar Jesus?
Jesus, com a sua mensagem promete consolo aos que choram, socorro aos que tem fome e sede de justiça. Por isso é essencial acharmos o local aonde Ele verdadeiramente habita - ou seja aonde "verdadeiramente" pelo menos duas pessoas estejam falando sobre Ele e o louvando em Espírito e Verdade.
Nosso mestre concita aos seus discípulos - que na época atual é o presbitério e membros da Igreja - à servirem ao povo e ser a luz do mundo - anunciando as novas e saciando as suas necessidades - que caso não o façam - de forma integral - só servem para "ser jogado fora e pisado pelos homens".
Vemos que muitos ministérios se preocupam em tão somente salvar almas do castigo futuro iminente, mas em relação ao corpo e a necessidade do povo, relegam à segundo plano, não atentando paralelamente para este lado.
Jesus incentiva a seus seguidores - doravante designado como seus discípulos da época, o ministério e os membros eclesiásticos atuais - através das suas obras - dons e feitos do Espírito Santo - a glorificarem ao Pai. Nota-se que Jesus investe de poder a sua Igreja - a verdadeira - a fazer aquilo que Ele realizava.
Em relação aos necessitados, ensinava aos seus seguidores como deveriam agir. Ponto principal de sua pregação era quanto ao não se preocupar com a sua própria vida, quanto ao que comer ou beber; nem com seu próprio corpo, quanto ao que vestir, informando que o Pai Celestial, sabendo de que se necessita, providenciará o que for necessário. Admoesta porém a necessidade de se ter fé, buscar o Reino de Deus e sua Justiça, pois todas essas demais coisas serão acrescentadas.
Jesus em sua Palavra - a qual Ele zela em cumpri-la - fala que para obtermos o que necessitamos necessitados de fé e da busca pelo Reino e sua Justiça. Não acrescenta mais nada à formula - pelo menos até aqui. Mas por que então os seguidores formulam novos ritos, campanhas e toda sorte de esquemas - ressuscitando até ofertas de sacrifício - para se conseguir uma benção? Será que estão no caminho certo e estão alcançando verdadeiramente sucesso? Ou por trás dessas atividades está escondida uma Igreja doente, carente também dos dons de Deus?
Outra fórmula apresentada por Jesus - para solução de problemas, além da Fé, busca pelo Reino e sua Justiça é a persistência na oração. É dito para pedir e será dado, buscar e será encontrado, bater e será aberto, pois o Pai, que está nos céus, dará coisas boas aos que lhe pedirem. Mas que seja feito também aos que se pedirem, isto como forma condicional.
Resumindo devemos ter fé, buscar o Reino e sua Justiça, perseverar em oração e ajudar ao próximo em uma determinada área assim como também seremos ajudados pelo Senhor na área que necessitamos.
Evidencia-se a necessidade de podermos apararmos o próximo - atendendo as suas necessidade, tendo compaixão do sofrimento deste, colocando-nos em seu lugar, não de forma interesseira como quem busca algo em troca por esta ação. Há muitas pessoas que sofrem podendo a Igreja - os seguidores - não só no plano espiritual, mas também de forma material ajudar os necessitados, famintos, oprimidos. É o simbolismo de repartir o pão - e outras coisas mais - com o seu próximo. Podemos verificar que com pouco esforço podemos atingir o que o Senhor quer de sua Igreja de modo a produzir frutos para o Reino, assim como atender as suas demandas como da comunidade aonde está inserida. Mas por que não se sucede desta forma? Por que a busca desenfreada por uma prosperidade individual e egoísta, podendo ser atingida uma prosperidade coletiva de forma nunca vista?
Jesus faz uma advertência severa: Sobre os falsos profetas - discípulos - que facilmente serão observados e reconhecidos por seus frutos. Alertando sobre o fato de que nem todos que dizem Senhor, Senhor são seus seguidores, pois não fazem a vontade do Senhor. Profetizam em Nome de Jesus, expulsam demônios, realizam milagres mas por Jesus não são conhecidos. Daí a necessidade de seguirmos tudo o que já está descrito até aqui para sabermos identificar os verdadeiros seguidores de Jesus, que divulgam a Sua Palavra e ajudam o povo - verdadeiramente - segundo à Sua Mensagem e o Seu Poder.
Jesus atendia - e atende - a todas as demandas no campo material e espiritual. Veremos como a adoração de um leproso, de joelhos, produziu o efeito necessário e que até hoje necessitamos.
(Continua)
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